terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Perdoe-se, liberte-se

“A vida não te tira as coisas, te liberta delas. Alivia-te para que possas voar mais alto”. O dia que eu li essa frase me dei conta do quanto perdemos tempo reclamando de pessoas que saem e entram em nossas vidas, de planos que não dão certo; de possibilidades vivenciadas que do nada nos são tiradas, do trabalho que por alguma razão perdemos, das pessoas que nos deixam sem uma explicação.

Na realidade, tudo tem um motivo. Porém, logo que umas dessas opções são vividas por nós, nosso sentimento mais imediato é (a) indignação (b) inconformismo (c) tristeza ou (d) raiva. Talvez a lista de sentimentos seja maior que o alfabeto, mas o que se sabe é que perdemos nossa energia, concentração, ânimo e principalmente tempo buscando uma explicação lógica para algo que parece estar tão na cara, mas que só nos damos conta depois de desistir de tentar entender.

Acho que é esse o nosso grande erro. Vivemos tentando entender. Culpamos os outros, não admitimos nossos erros, nossas atitudes equivocadas ou nossa falta de bom senso para entender que cada coisa que acontece nas nossas vidas, só acontece no momento que estamos mais preparados.

Certas vezes penamos em uma relação, em uma profissão, em um trabalho e insistimos. Vamos dando mais uma chance e depois outra e mais outra. E isso vai aos poucos consumindo conosco, afinal, não temos coragem de nos libertar de certas coisas, ocasiões ou pessoas. Porque esse libertar implica em consequências que talvez a gente nunca se perdoe. Mas o grande lance da vida é nos perdoarmos mais e nos libertarmos um pouco mais para a vida.

Perceber que quando algo ou alguém deixa de fazer parte da nossa vida é um designo de Deus e do destino, nos faz apreender que esse é o momento que uma força maior colocou no nosso caminho para que algo mude. Seja nossa forma de agir, nossas amizades, nossos interesses, conceitos ou simplesmente nossa maneira de encarar aquilo que teoricamente nos é “tirado”. Encarar as situações como uma porta que se fechou para que uma janela se abra nos torna mais leves, confiantes, e abertos para que outras possibilidades, talvez muito diferentes e mais especiais que aquilo que estamos acomodados a aceitar da vida, surja nos nossos dias.

A vida é uma constante evolução e só evolui quem ganha e quem perde. Quem não faz nada, não erra, mas também não vive. Quem não sai do lugar é “poste”, quem não demonstra emoções é estátua, mas quem não aceita que quando algo nos é “tirado’, a chance de nos livrarmos de tantos fantasmas, limitações que nós mesmos nos colocamos, não voa alto, não alcança a plenitude e consequentemente, não é feliz.
Aceite e perceba que Deus não tira nada das nossas vidas, mas sim, Ele nos livra dessas coisas. Ele apaga as linhas erradas que escrevemos e nos dá a chance de escrever uma nova história.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Amigos, muito obrigada!

O texto “Diário de uma ex-gordinha” Rendeu elogios, e-mails, pedidos de receita, só faltaram às solicitações de autógrafos.

Fico feliz com o carinho de todas as pessoas que me mandaram e-mail, ligaram e cumprimentaram na rua. É muito bom ter o esforço reconhecido e tornar-se referência por algo bom, que não prejudicou ninguém e serve de exemplo para as pessoas que pretendem alcançar algo semelhante.

Espero poder ser referência em outros aspectos futuramente. É o que me move, é o que me faz seguir, cair e levantar.

\o/ Obrigada a todos \o/

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Um pouco de inveja


Alguém já lhe fez algum mau? Alguma vez na vida te ferraram (desculpa a expressão)? Já desenharam uma imagem totalmente equivocada sobre você para alguém importante? Resumindo: alguém já tentou prejudicar você (pessoal ou profissionalmente)?

Já né? Tenho certeza que sim, afinal, olho gordo é o que não falta nesse mundo. Mas você parou para pensar o quanto essas pessoas podem ser nossas aliadas para alcançar nossos objetivos?

Normalmente aquelas que querem nos prejudicar têm um objetivo. Se promover. Outros fazem por pura maldade, não objetivam benefício próprio, só querem ter o prazer de ver o outro sofrer ou apanhar mais um pouquinho da vida.
Mas eu parto do princípio de que quem faz algo para prejudicar o outro, pensando em se promover nem sempre consegue e se frustra. Isso porque afasta as pessoas, não cria relações sinceras e normalmente patina na vida.

Pois bem. Aquele que é prejudicado, em um primeiro momento tente a ter raiva do invejoso, do olho gordo. Mas se você parar para pensar, raiva nesse caso é estimulante. Uma vez eu já disse que inimigos são estimulantes e continuo achando isso, porque inimigos servem para nos inspirar a alcançar grandes feitos para ver o invejo ou olho gordo mais frustrado ainda. Essa é a resposta que podemos dar. Mostrar-nos e estar cada vez melhores, não para humilhar aqueles que desejam um a nós, mas sim para convencê-los de que a atitude deles, só prejudica a eles mesmos.

O papel do invejo é atrapalhar e interferir negativamente em nossas conquistas, mas compartilho do pensamento que devemos ser espertos e burlar do invejo. É, burlar. Enquanto ele concentrar energias para lhe prejudicar, abre espaço e lhe dá tempo para planejar suas ações de modo que lhe proporcionem o sucesso. No momento que ele dedica horas lhe invejando ele não produz, ou seja, deixa de ser seu “concorrente”, se distrai e deixa aberto o caminho para você.

Eu conheço gente que criou planos suaves e discretos para prejudicar outras pessoas e no fim das contas o maior prejudicado foi o invejoso, afinal ele nunca saiu do lugar. Ele está sempre ali, no lugar de invejoso, de braço cruzado, remetendo energias e pensamentos negativos e enquanto isso aquele que não se deixa abater produz.
Não se rema contra a maré, se rema contra a inveja e na queda de braço ela sempre leva a pior, pois a inveja sempre perde para a fé, a justiça divina, para o talento e para a capacidade do outro perdoar.

Eu perdôo diariamente aqueles que me invejam, que não torcem por mim e menos ainda contribuem para minha ascensão. Aos que me invejam, sobra à pena e a indiferença. Os vejo como pessoas vazias, infelizes e infelizmente, incapazes de trilhar o próprio caminho, de andar com as próprias pernas e tenho certeza de que o dia que essas pessoas se derem conta que no final das contas contribuíram muito para a minha vida, será tarde demais para elas, pois o tempo que elas tiveram para viver as próprias vidas vai estar se acabando e então se darão conta de que viveram mais a vida de outros, concentraram mais energias nas realizações dos outros que se esqueceram de realizar coisas boas por elas mesmas.

Mas...a vida é assim e se resume nesse caso na frase: “A força da tua inveja é a velocidade do meu sucesso”.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Diário de uma ex-gordinha

Pensei em escrever uma coisa, apaguei e comecei outra totalmente diferente. Resolvi falar de mim hoje.

Vou me dar um presente e puxar minha orelha ao mesmo tempo. Tenho certeza que isso vai servir de exemplo para muita gente e acho que não sou a única a agir da forma como vou relar agora.

Que a vida é uma aventura, complexa e às vezes parece mais um campo de batalha, todos sabemos. Pois é. Eu entrei em um campo de batalha no dia 31 de agosto de 2010 quando resolvi começar a fazer dieta e freqüentar a academia. Propósito inicial? Emagrecer (mulheres pensam nisso toda hora). Mas meu desafio e objetivo não era emagrecer 3 ou 4 quilinhos. Era necessário pelo menos eliminar 9 quilos.

Pois bem. Lá fui, dia após dia, um passo por vez, um quilo por mês, às vezes dois, às vezes mais. Enfim. Uma tranquilidade, sem colocar pressão em mim mesma, sem passar fome, sofrer ou cogitar desistir. O negócio era. Paciência, calma e força de vontade.

Passaram-se cinco meses e o resultado é a perda de 11,5 quilos. Ou seja, 2,5 a mais daquilo ao que me propus no começo. Quando vi que poderia e seria capaz de perder mais sem afetar a saúde, ficar esquizofrênica, neurótica ou morrer de fome. Fui dando passos cautelosos e enfim, 11,5 quilos a menos. Perder mais? Dizem que não é necessário, mas mulher que é mulher, sempre que perder mais um pouquinho. Então a meta agora é eliminar mais 2,5 quilos e depois deles, manter.

Agora me pergunto. Por que não sou assim, paciente, tranquila e determinada com relação a outras coisas na vida? Por que não lembro diariamente que a direção é mais importante que a velocidade?
Talvez a resposta seja simples. Porque emagrecer dependeu apenas de mim e conquistar algumas coisas na vida exigem a participação indireta de outros personagens. É, eu disse que a vida às vezes parece um campo de batalha.

Mas hoje, ao descer de uma balança e ver o que conquistei e ver o dono da academia utilizando o meu nome como exemplo para outras pessoas que precisam perder peso assim como eu precisava, me dá a certeza de que sim, somos capazes de conquistar tudo o que quisermos nessa vida se encararmos ela como um problema único e exclusivo nosso.

Eu não perguntei ninguém se precisava emagrecer, decidi, fui lá e literalmente corri atrás e ainda corro. Ponto final. Minha vida e as minhas atitudes precisam ser planejadas e feitas baseadas no que meu coração precisa sentir e minha vida quer se tornar.

O que quero dizer com isso. O que quero dizer a mim mesma a vocês que me lêem é que mesmo alguém duvide de você, que alguém conteste sua capacidade, seu talento e a sua determinação. Se você acredita em si mesmo é capaz de tudo. Emagrecer 11,5 quilos e ser exemplo para quem quer o mesmo ou conquistar seu maior sonho e ser feliz.