“A vida não te tira as coisas, te liberta delas. Alivia-te para que possas voar mais alto”. O dia que eu li essa frase me dei conta do quanto perdemos tempo reclamando de pessoas que saem e entram em nossas vidas, de planos que não dão certo; de possibilidades vivenciadas que do nada nos são tiradas, do trabalho que por alguma razão perdemos, das pessoas que nos deixam sem uma explicação.
Na realidade, tudo tem um motivo. Porém, logo que umas dessas opções são vividas por nós, nosso sentimento mais imediato é (a) indignação (b) inconformismo (c) tristeza ou (d) raiva. Talvez a lista de sentimentos seja maior que o alfabeto, mas o que se sabe é que perdemos nossa energia, concentração, ânimo e principalmente tempo buscando uma explicação lógica para algo que parece estar tão na cara, mas que só nos damos conta depois de desistir de tentar entender.
Acho que é esse o nosso grande erro. Vivemos tentando entender. Culpamos os outros, não admitimos nossos erros, nossas atitudes equivocadas ou nossa falta de bom senso para entender que cada coisa que acontece nas nossas vidas, só acontece no momento que estamos mais preparados.
Certas vezes penamos em uma relação, em uma profissão, em um trabalho e insistimos. Vamos dando mais uma chance e depois outra e mais outra. E isso vai aos poucos consumindo conosco, afinal, não temos coragem de nos libertar de certas coisas, ocasiões ou pessoas. Porque esse libertar implica em consequências que talvez a gente nunca se perdoe. Mas o grande lance da vida é nos perdoarmos mais e nos libertarmos um pouco mais para a vida.
Perceber que quando algo ou alguém deixa de fazer parte da nossa vida é um designo de Deus e do destino, nos faz apreender que esse é o momento que uma força maior colocou no nosso caminho para que algo mude. Seja nossa forma de agir, nossas amizades, nossos interesses, conceitos ou simplesmente nossa maneira de encarar aquilo que teoricamente nos é “tirado”. Encarar as situações como uma porta que se fechou para que uma janela se abra nos torna mais leves, confiantes, e abertos para que outras possibilidades, talvez muito diferentes e mais especiais que aquilo que estamos acomodados a aceitar da vida, surja nos nossos dias.
A vida é uma constante evolução e só evolui quem ganha e quem perde. Quem não faz nada, não erra, mas também não vive. Quem não sai do lugar é “poste”, quem não demonstra emoções é estátua, mas quem não aceita que quando algo nos é “tirado’, a chance de nos livrarmos de tantos fantasmas, limitações que nós mesmos nos colocamos, não voa alto, não alcança a plenitude e consequentemente, não é feliz.
Aceite e perceba que Deus não tira nada das nossas vidas, mas sim, Ele nos livra dessas coisas. Ele apaga as linhas erradas que escrevemos e nos dá a chance de escrever uma nova história.
Aceite e perceba que Deus não tira nada das nossas vidas, mas sim, Ele nos livra dessas coisas. Ele apaga as linhas erradas que escrevemos e nos dá a chance de escrever uma nova história.